Consumir
Ah! O Natal... o Natal...! Luzinhas, presépios, doces, o sorriso das crianças, as lojas a abarrotar de gente e a explorar os trabalhadores que trabalham até altas horas... Perfeito! O espirito consumis... Natalicio no seu mais alto expoente!
Pelo amor da santa... um senhor vestido de vermelho e branco que entra de noite nas nossas casas, pela chaminé, bebe o leitinho e come as bolachinhas que lhe deixamos debaixo da árvore (que também é outra!) e em troca deixa-nos presentes que previamente transportou no seu trenó puxado por renas. Ora se as autoridades sabem disto... vejamos:
1- Invasão de propriedade alheia
2-Consumo e utilização de produtos alheios sem autorização prévia
3-Despejo de entulho
4-Exploração animal
5-Veículo mal estacionado
E por aí fora. Ah o Pai Natal! Pronto acreditem se quiserem, mas ou eu muito me engano ou qualquer dia vemos este velhote atrás das grades mais que não seja por suspeita de pedofilia, sim porque o colinho nos centros comerciais nunca me enganou...
Das árvores de Natal nem falo para não chocar mais gente... ainda dizem que estou a desmitificar o Natal. Vá lá, pronto, o Natal é... familia, consumo também e consumo, mas sobretudo o Natal é consumo e... familia. Familia? É familia porque temos de dar prendas uns aos outros, despertando o espirito consumista! Isto foi tudo uma conspiração! Bandidos! Aposto que foi aquela avestruz ou o hipopotamo cor-de-rosa! Nunca me enganaram!
Mas pronto... as tradições (pfff...) são para se cumprir e eu lá passei o natal a enfardar bacalhau (que é um animal em vias de extinção) e bolas de óleo (sonhos e isso...). De maneiras que eu fiz a minha carta para o Pai Natal (parte lamechas) pedindo apenas uma coisa: ser feliz. E para ser feliz preciso de estabilidade... preciso de alguém... Portanto:
Feliz Natal.
Até já.