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Verbos

A vida em verbos... (em especial a minha) Se estão à procura de coisas sobre o significado dos verbos mesmo e assim...este não é bem o sitio certo, mas pode ajudar. Para conjugações e coisas do género, é melhor irem aqui www.priberam.pt :)

Verbos

A vida em verbos... (em especial a minha) Se estão à procura de coisas sobre o significado dos verbos mesmo e assim...este não é bem o sitio certo, mas pode ajudar. Para conjugações e coisas do género, é melhor irem aqui www.priberam.pt :)

Chover

30.11.08, Fábio

A chuva corre-me pela face.

Cai violentamente, na noite escura.

Cai, cai e corre sem parar pela estrada negra

Corre tão depressa como os pensamentos

Como as imagens que passam pela minha cabeça

Acompanha-me.

Espero que me conte uma história

Que me explique o meu estado

E que me ajude a compreender melhor as pessoas.

 

Não está frio.

Ou pelo menos não o sinto.

Caminho até casa, sempre acompanhado por ela

Pela chuva.

Forte. Persistente.

Directamente na minha face.

Confunde-se. Confundo-me.

 

Tento arrumar as ideias.

Estavam arrumadas à cerca de duas horas.

Não estão.

Tento perceber.

 

Não consigo.

 

A chuva não ajuda.

Corre e não leva nada meu com ela.

Diz-me apenas que tenho de me habituar.

Diz-me que já nem devia estar assim.

Eu sei.

 

Tudo fica.

As imagens, os pensamentos.

Aqueles que tento arrumar.

 

Não consigo.

Parece que quando as coisas se compoeem,

São destruidas e misturadas a seguir.

 

Tento perceber porque estou assim.

Tento encontrar explicação.

Nada.

Só chuva.

Que não me explica, não me diz nada,

Que me possa acalmar.

Que me faça largar.

Que me faça esquecer.

 

A chuva mistura-se com as lágrimas.

Por não saber.

Por estar perdido.

 

Vagueio.

Sozinho.

Na noite.

 

A chuva não me explica.

Ignora-me.

Apenas me deixa passar.

Cai e corre. Livre.

Não se importa comigo sequer.

É chuva.

Só me acompanha até casa.

Única companhia.

 

Espero. Continua.

Tudo.

E a chuva.

 

Não espero nada.

Mesmo nada.

Só que passe.

Isto que não sei o que é.

Mas não é chuva.

 

Vou tentar dormir.

A chuva continua a cair la foa.

E eu preciso dum abraço.

 

 

Gargalhar

23.11.08, Fábio

VLCD! Um espectáculo Clown no Teatro Meridional , de ir às lágrimas! Gargalhadas atrás umas das outras!

 

Tenho duas palavras para a noite de hoje: U AU! Acho que nunca me ri tanto na minha vida, com o espectáculo e com a companhia!

 

Sabe mesmo bem de vez em quando. Naqueles dias em que estamos a pensar demais na vida... Rir é mesmo o melhor remédio! Até me doiem as bochechas! Parece que não querem voltar ao sitio menos alegre onde costumam estar!

 

Não consigo parar de rir. Não fumei nem bebi nada!

 

LINDO!

 

(Mais info sobre o espectáculo em www.teatromeridional.net)

 

Sentar

18.11.08, Fábio

Sentar-me.

 

Sentar-me na praia, a olhar o mar, e pensar no que mudou, nas pessoas, no mundo..

 

Sentar-me no palco e pensar nos que por lá passaram. Todos especiais, por certo, mas há sempre aqueles que marcam mais. Pensar no amigo dos caracóis, na amiga pequenina arquitecta, na amiga dos olhos grandes e bonitos, na amiga das riscas, no amigo da mochila, no amigo preto, na amiga grande, na amiga pequenina loira, no amigo mulatinho, na amiga obstáculo, na amiga dos caracóis, no amigo das montagens, na amiga preta, no amigo das imitações. Sentar-me e pensar nos momentos que passei com cada um deles.

 

Sentar-me na Regaleira a pensar nas teatrices, na tia, nos amigos da produção, em Folias! e nos tempos que lá estive até muito tarde(ou cedo).

 

Sentar-me no comboio e ver as diferentes variedades de pessoas que há por este mundo afora. Observar o comportamento de toda uma sociedade.

 

Sentar-me na cama depois de acordar.

 

Sentar-me na Leal e pensar no que fiz por lá. Nos amigos que conheci, nas relações que tive. Nas pessoas que já não vejo há muito tempo, como a amiga ruiva e a amiga dos óculos verdes. Sentar-me e pensar nas pessoas com as quais já não falo, pensar que já fomos amigos.

 

Sentar-me na Verona ou na Panialves e lembrar-me dos tarecos. Em especial de um com quem eu falava tanto.

 

Sentar-me no Parque das Nações e pensar nos amigos que lá estiveram comigo. Nos momentos que passámos juntos.

 

Sentar-me na Omena e aturar gente chata que não quer Tv Cabo.

 

Sentar-me ou apenas passar nos sitios onde estivemos e lembrar-me da amiga dos olhos grandes e bonitos, na amiga pequenina arquitecta, e na amiga das riscas.

 

Sentar-me na mãe tilia e no Vinil e lembrar-me do teatro. Retis e Tapafuros.

 

Sentar-me no doiseme e lembrar-me de cartas, peças, luzes, emoções e toques.

 

Sentar-me em frente à igreja de Rio de Mouro, encaixado no canto das paredes e ficar apenas a olhar para um monte de carros e casas.

 

Sentar-me aqui onde estou, escrever e ver fotografias antigas que me fazem lembrar de tudo.

 

Sentar-me a ouvir música.

 

Apenas sentar-me e pensar em tudo por um momento que seja.

Cansar

18.11.08, Fábio

Estes dias têm sido dificies. E se há coisa que me frustra é o facto de ter estado a fazer um video durante os últimos dias e, devido a problemas técnicos, não ter sido mostrado da maneira que eu esperava.

 

Estou particularmente cansado hoje.

 

Vou dormir. Até amanhã.

Teatrar

16.11.08, Fábio

18 anos. Cá estão eles. 18 anos de teatro, 18 anos de música e canções, 18 anos de magia, 18 anos de... teatrices!

 

É para mim um prazer ser o elemento mais "pequenino" do Taetro Tapafuros!

 

Parabéns amigos!

http://tapafuros.blogspot.com

 

 

 

PS: E ontem foi tão bom!  Há sempre um lugar na mala para o Mini!

 

Arrepiar

12.11.08, Fábio

Muito mais que um concerto! Um espectáuclo de côr, luz, emoção e magia!

 

 

Hoje senti um arrepio. Vi-os ao vivo. Sigur Rós. Campo Pequemo. Hoje foi o dia.

 

Cantei, gritei, saltei, até falei islandês. Por uma noite.

 

Arrepiante!

 

Excepcionar

07.11.08, Fábio

Hoje senti-me importante!

 

Esclarecemos que é da responsabilidade dos Clientes a conservação dos titulos de transporte, desde o momento da sua aquisição até ao término da sua validade.

 

No entanto, a titulo excepcional, iremos proceder ao reembolso das viagens não utilizadas no bilhete de 10 viagens enviado, conforme documento anexo.

 

Eh pá! Que fofinhos que são os senhores da CP. Quem é que nunca deixou um bilhete de 10 viagens ir parar à máquina de lavar? Aposto que ninguém, mas eu deixei. "A titulo excepcional" é sempre bonito de se ler. Ou eu sou uma pessoa muito chata ou então... a sra. Cristina Prieto, que assina a carta, também já deixou o qualquer coisa, para além de roupa, na máquina de lavar.

 

Obrigado senhora da CP.

 

Ah! Excepção era também a estação de Mem Martins, no que toca ao aviso sonoro de chegada de comboios. Hoje já ouvi a senhora mandona e com os tomates no sitio (com uma voz daquelas é quem manda lá em casa de certeza absoluta) e não aquela paspalhona que falava tdoos os dias desde que eu ando de comboio.Agora sim, vou muito mais satisfeito para o trabalho: Senhores passageiros o comboio sub-urbano CP Lisboa, precedente de Sintra e com destino a Lisboa Rossio vai dar entrada na linha número 2. Efectua paragens em todas as estações e apeadeiros. Agora até já explica de onde vem o comboio e tudo não fosse vir de Mafra ou assim. Não, não: Sintra! E da CP Lisboa ainda por cima! Já que os comboios da CP Porto não vinham fazer nada cá para baixo. Bonito, bonito era brincarem um bocadinho com o pessoal que está à espera e dizer uma coisa do tipo: "Senhores passageiros, vai dar entrada na linha número 2... uma mosca, o comboio é só daqui a 20 minutos". A minha última questão prende-se apenas com um facto: existem apeadeiros na linha de Sintra? É que os comboios que eu apanho «efectuam paragens em todas as estações e apeadeiros» e eu nunca parei em nenhum. Deixo-vos a pensar.

 

Pronto, viram? Dediquei um post inteiro aos comboios e à CP. Vou meter outro bilhete na máquina a ver se resulta.

 

Até já!

 

 

Padecer

05.11.08, Fábio

Meus amigos, admito-o: tenho um problema. Sou um jovem de 18 anos, não fumo, não consumo drogas, gosto de mulheres, não tenho problemas com o alcool, trabalho para pagar as despesas, pago o vilhete de comboio e não vejo as Tardes da Júlia. Considero-me, portanto, uma pessoa, digamos, normal (visto pelo padrão das pessoas... normais). Ora isto, hoje em dia, é um problema grave, ao que parece. Não aguentava mais guardar isto para mim. Ainda por cima é um problema raro e grave.

 

Já me aconselharam a ver se arranjo um tratamento para isto, para para de ouvir comentários como "Olha lá vai o saudávelzinho" ou "Olha o gajo que trabalha" e tal...

 

Peço desculpa a todas as pessoas que desiludi mas compreendam que este problema faz com que eu tenha apenas mais 70 anos de vida (cálculo baseado em fórmulas ancestrais de cálculos para este tipo de situações, ou na esperança média de vida vá...).

 

"-Sr. Doutor, preciso de ajuda, padeço de normalidade."

"-..ão, ...ão, ocê padece um usso" (ah ah ah)

 

Vou beber ali o meu copo de água duplo a ver se isto passa e se tenho alguns soluços ou assim, para não parecer tão normal...

 

 

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