Aprender
Mais um ano. Um ano que passou. E tanta coisa que mudou, tanta coisa diferente. Não por causa da chamada "maioridade". Não. Foi o mundo à minha volta que mudou e eu tive de aprender a lidar com novas situações, novas pessoas, desilusões, novas maneiras de estar na vida. E fui-me mudando (também) e moldando a todas as situações que me apareciam pela frente.
Este foi um ano muito conturbado. Coisas boas e más, como sempre, mas foi especialmente dificil. Tive de me habituar, de novo, a vehos amigos. Senti-me desiludido. Andei a correr pela Regaleira outra vez. Chumbei num estágio. Senti-me desmotivado. Fui à Holanda, a Paris e a Bruxelas. Senti-me gozado e humilhado por pessoas que nunca pensei que fossem capazes de fazer o que fizeram; amigos. Aprend a ter uma imagem "não tão boa" de todas as pessoas no geral, para depois não me desiludir com elas; apenas me surpreender pela positiva. Voltei a pisar o grande palco da Culturgest com aquela gente maravilhosa. Durante este ano senti saudades, senti vontade de chorar muitas vezes e algumas delas sem razão aparente, senti-me abandonado e a mais. Despedi-me da Leal com um brilhozinho nos olhos. Dormi umas poucas de vezes em casa da Ctarina. Fui ao concerto dos Sigur Rós. Descobri os Peace Revolution. Vi coisas inpensáveis que me deixaram triste. Preocupei-me muito e às vezes demais. Experimentei coisas novas. Apareci em casa da Rita à meia noite nos anos dela. Consolidei amizades. Trabalhei num call center, a aturar velhos irritantes.Senti vontade de parar. Fui assaltado. Ouvi conselhos para me tornar uma pessoa melhor. Senti-me apertado. Vi os meus amigos a irem cada um para seu lado. Fui a Ben & Jerrys comer o Fossil Fuel. Fui ao teatro e ao cinema, muitas vezes, mas não tantas quanto gostaria. Tirei a carta. Fui ao penedo da Amizade. No Verão ia todas as quintas, sextas, sábados e domingos ao topo do palácio da Regaleira para espairecer um bocadinho. Senti-me a acreditar em tudo, mesmo, e continuo um boacado assim. Senti-me num jogo, senti dôr. Apanhei as molhas da minha vida. Senti que dei mais valor aos outros do que a mim próprio. Engoli muitos sapos. Ri às gargalhadas. Descobri o Viva la Vida. Desculpei e pedi desculpas. Dinamizei-me! Estive no 2M, nos cinemas do Floresta, com os duendes, com as fadas e com o encenador mauzão. E tantos, tantos outros momentos, bons, maus, felizes e tristes, que ficam por resumir...
Cresci. Aprendi a ver o mundo de outra forma. As pessoas. As coisas. Fruto das situações que me foram aparecendo. Fui aprendendo com os erros. Com os meus e com os dos outros. Claro que tenho pena de coisas más que aconteceram e não me vou esquecer das imagens e palavras que tenho na cabeça. But the show must go on e já está tudo ultrapassado! Espero que até fevereiro de 2010 as coisa me corram bem melhor do que até aqui, apesar de ter os melhores amigos do mundo, sim, em todos estes momentos, em todos os momentos da minha vida estão eles, vocês, os meus amigos, os únicos que tenho, os grandes. Aqueles que me fazem rir, que me fazem chorar, que me agarram, que me suportam e que confiam em mim. Aqueles com os quais eu sei que posso contar. Aqueles que estão lá. Aqueles que me fazem viver e para os quais eu vivo. Sem vocês não seria aquilo que sou hoje. Não me sentiria assim. E aproveito para vos pedir desculpa se, de alum modo, defraudei as vossas expectativas ou se vos desiludi. Desculpem.
Obriigado amigos. Obrigado a todos do fundo do coração por serem as pessoas que são
Obrigado amores-prefeitos!
Agora e daqui para a frente Viva la Vida! Mas a minha.
Parabéns para mim!
Foto: João Valinho