Doer
Dói.
Dói tanto que parece fisico.
Parece que arranha e torce e espreme o coração!
Aleija! Aperta tanto!
Às vezes sinto que vou explodir. Chorar.
Às vezes acho que ele, o coração, vai saltar daqui para fora.
E se saltar que leve com ele o nó na garganta e o peso no estômago.
Que estranho.
Detesto não poder controlar estas forças vindas sabe-se lá de onde!
Não consigo. E isso deixa-me frustrado.
E a dôr aumenta.
Mói, mói, mói.
Eu aqui sem poder fazer nada.
Apenas olho, vejo e sinto.
A dor.
A impotêcia.
O sofrimento.
A ignorância.
O ciúme.
O vicio.
Este torpor.
Burbuirnho.
Quero sair daqui.
Deste mundinho fechado.
Deste casulo.
Desta bola se sabão ou de plástico ou de seja o que for que ficou a minha volta.
Quero sair daqui.
Quero vomitar!
Fazer com que tudo saia.
Com que tudo me deixxe.
Não tenho nada.
Nada me faz feliz.
É possivel ser feliz?
Ser feliz no nada?
Não sei.
Sei que a única coisa que me fará feliz é o desaparecer detsa dôr.
O apagar linhas da história.
Partes de mim.
A noite, lá fora, é escura e está frio.
Precisava apenas de calma.
Descontracção.
Precisava de um abraço reconfortante.
Precisava que tudo voltasse ao normal.
Queria o mundo colorido.
Novamente.
Queria o sol e a terra no emsmo sitio.
Queria, apenas isto.
Queria voltar.
Queria reviver.
Queria não ter visto e feito coisas!
E a bola cresce a cada dia que passa.
Posso chutá-la?
Queria tanto.
A dôr prende-me.
Quero libertar-me.
Tentar
"Ser feliz no nada já que nada me faz feliz"?
Pergunto.