Guardar
Guardo muita coisa. Coisas que oiço, coisas que vejo, coisas que sei, coisas que sinto, coisas que para mim, às vezes, são impensáveis. Coisas que não espero. Engulo tudo e tenho discussões acesas em silêncio. Não vou cortar os pulsos nem nada com o x-acto. Simplesmente guardo porque preciso de tempo para formar ideias sobre as coisas e depois, aí sim, ter uma conversa. Conversa que eu sinto falta.
Preocupamo-nos com os nossos amigos e agimos em conformidade. E aquele aperto que se sente mesmo, só passa quando sabemos se está tudo bem.. Eu preocupo-me e já aqui falei sobre isso e o que vale é que, mal ou bem, as pessoas com quem nos preocupamos ompreendem a nossa preocupação e não nos dão um empurrão, apesar de, às vezes, a imagem que têm de nós não ser a melhor.
Enfim.
Sinto-me com a cabeça cheia de água e o peixinho que anda lá dentro chama-se Boris (apeteceu-me partilhar). Estou especialmente esgotado. Estou a trabalhar que nem um urso na regaleira, em cascais e no estágio, a minha tia ia morrendo com uma daquelas doenças que ficam, o dinheiro não chega para tudo, esqueço-me das coisas e continuo sem saber dizer não. É um facto. São vários.Lamenentáveis. E o que é giro é que eu acho que por esta altura, no ano passado (a avaliar pelos posts), não estava muito melhor, e saber isso deixa-me... exactamente como estava antes desta frase.
Vou aGuardar e engolir o resto dos Sapos que me apareçam pelo caminho.
E era isto. O resto? O resto está guardado.