Despenhar
31 de Julho de 1944. Precisamente há 69 anos, despenhava-se um avião - um P-38 Lighting - algures no mar mediterrâneo. Era piolotado por Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry que nps deixou uma das mais famosas obras literárias do mundo (e também a mais traduzida) - O Principezinho.
E eu gosto. Gosto muito. O senhor Exupéry sabia o que fazia. Conseguiu pôr, num livro, com poucas palavras, muita coisa que toca no fundo mais fundo do nosso ser.
Tenho saudades. Em 2011 tive o prazer de fazer parte da produção do espectáculo baseado nesta obra: O Principezinho na Quinta da Regaleira.
Eu e quase 18 mil pessoas o viram. Esta era a sinopse
O Principezinho», texto seminal que tem merecido, ao longo de quase sete décadas, a atenção de leitores de todo o mundo, vem conhecendo adaptações criativas diversas.
Desde o cinema, aos desenhos animados, passando pelo teatro, a história do pequeno príncipe e do aviador continua e continuará a atrair criadores de todas as latitudes, mercê da valiosa mensagem humanista enunciada por Exupéry.
“Só se vê bem com os olhos do coração; o essencial é invisível aos olhos».
A versão cénica que agora se apresenta - «O Principezinho na Quinta da Regaleira» - pretende, justamente, traduzir/evidenciar as linhas de força do texto, dando ênfase particular à relação entre as personagens, expressa nos diálogos. O valor da amizade (o modo como cada um deve saber honrar as suas amizades) é, sem dúvida, o conceito chave que enforma o ideário pedagógico de Exupéry e é, também, o do espectáculo.
O texto ganha, nos monumentais Jardins da Quinta da Regaleira, a situação e contexto certos para a dramaturgia proposta, potenciando (por harmonioso contágio), a dimensão fantástica, onírica, mística que se surpreende no «O Principezinho».
Um até sempre, Antoine.
